“Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”
(2 Co 4.7).
Vasos de barro não são atrativos e não possuem glória própria. Esta é a condição humana. A glória do homem é como a flor do campo, temporária, insegura e continuamente sujeita ao desaparecimento (Is 40.6). A auto-estima de Paulo manifesta na segunda carta aos coríntios só é cabível porque ele reconhece sua utilidade em levar o tesouro do Evangelho. Seu valor decorre da presença de Cristo em sua vida (Gl 2.20). Os vasos de barro são frágeis, facilmente racham ou quebram. A qualquer momento podem cair e voltar a ser pó (Ec 12.6). A glorificação eterna dos salvos é reservada para o futuro. Agora é tempo de “leve e momentânea tribulação” que será creditada nessa glória futura (2 Co 4.17). Paulo é sensatamente humilde quando se compara a um vaso de barro e não a um raro objeto de arte, um vaso de bronze ou um utensílio dourado. Diferente das obras de arte, um vaso de barro é amplamente acessível a qualquer pessoa, pobres e ricos. Por isso, a poder do Evangelho, contido no vaso, atinge pessoas de todas as classes sociais.