Leia: I Reis 19
No deserto, um pé de zimbro é um lugar convidativo para um forasteiro descansar. O zimbro é um arbusto que cresce em regiões desérticas e chega a atingir até quatro metros de altura, com uma sombra atrativa para os que viajam pelo deserto, mais ainda para os que “fogem” para o deserto. Elias deitou-se a sombra do zimbro, não para descansar, mas para morrer.Ao mesmo tempo em que Elias foge de Jezabel, para não morrer, lá debaixo de um zimbro ele pede a morte, Nossas forças têm limite, em um determinado momento elas acabam. Isso é pecado? Não. Isso denota nossa natureza humana, dependente da graça divina. Há momentos que sorrimos, e há momentos que choramos, mas você continua sendo você, e Deus continua sendo Deus.
Jezabel perseguiu Elias, porque Elias nunca deixou de ser fiel a Deus. Jezabel é símbolo de mundo, de pecado, de imoralidade, de vida fácil, de vida sem compromisso com Deus, de idolatria. Quantas vezes estas coisas te perseguem e você acha que não vai conseguir vencer?
Não quero desanimar você, mas enquanto você estiver neste mundo as lutas sempre existirão, mas Paulo nos conforta dizendo: “Porque para mim tenho pôr certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
As aflições são temporais, a gloria é eterna.
As aflições são terrenas, a gloria é celestial.
As aflições são causadas pôr nós, pelo mundo e pelo diabo, a glória, provém de Deus, é perfeita.
Nossa vida é cheia de contratempos, adversidade e problemas. Mas “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angustia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Pôr amor a ti somos entregues á morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, pôr aquele que nos amou” (Rm 8. 35-37).
O evangelho não promete isenção de problemas, pelo contrário, aquele que serve a Deus está continuamente envolvido, numa guerra espiritual. A morte que Paulo fala no versículo 36 é a morte do nosso “eu”, do nosso “orgulho”, essas coisas precisam morrer cada vez que elas tentam ganhar vida em nós.
Quando nosso “eu” está morto, crucificado, nada nos separa de Deus, porque não vivemos para nós mesmos, vivemos para Deus, “porque Nele vivemos, e nos movemos, e existimos...” (At 17.28).
Costumamos julgar Elias do ponto de vista humano. Elias fugiu e se escondeu. Uma pergunta, quem teria coragem de fazer o que ele fez? Quem teria a mesma ousadia deste profeta? Se você tem, prepare-se para ser perseguido.
Quando vemos uma pessoa abatida costumamos conjeturar, quais os motivos que levaram-na a se encontrar naquele estado. Pensamos muitas coisas que até nos “esquecemos” de orar pela pessoa. Quando nós nos encontramos abatidos, ficamos complexados. Evidenciamos nossas falhas e esquecemos de nossas virtudes. Deus não conjetura porque estamos passando por isso ou por aquilo, Ele vem ao nosso encontro e nos ampara com sua abundante graça e misericórdia.
O que levou Elias para debaixo do pé de zimbro não foi a covardia, mas a coragem. Desafiou um rei, quatrocentos e cinqüenta falsos profetas e um povo que coxeava entre dois pensamentos. Quando Elias achou que havia terminado, Deus lhe dá mais algumas tarefas antes de recolhê-lo.
O recomeço é para os heróis. O herói mesmo ferido na batalha continua lutando até a morte ou até vencer o seu oponente. Se você se feriu na batalha, deixe o Espírito Santo envolver você com sua unção e curar suas feridas.
As formigas podem nos dar uma grande lição, quando seu ninho é destruído, elas tornam a reconstruir, isso elas fazem por várias vezes, se destroem num lugar elas mudam para outro, mas jamais desistem do seu projeto. As formigas não deixam de ser formigas, no entanto elas são persistentes. Muitas vezes o nosso caminho acaba, quando deixamos de persistir. “Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados” (Hb 12.12). Quem sabe as lutas fizeram suas mãos, antes cheias de vigor e energia, se cansarem. Levante-as novamente e prossiga, porque muito longo te será o caminho.
Você já enfrentou tantos desafios, enfrente mais um, que Deus quer surpreende-lo, assim como fez com Elias. A missão de Elias não havia acabado ainda, restava algo para ele realizar. Deus sempre tem algo mais para nós. No momento em que a luta se torna mais acirrada, Deus nos surpreende com um milagre.
É exatamente quando nós chegamos ao limite, que Deus concretiza sua vontade em nós. A vontade de Deus é perfeita, e sempre haverá algo mais que Deus deseja realizar através de nós, e em nós.
Nosso caminho não acaba, quando nós não conseguimos mais ver os horizontes,
nosso caminho acaba quando nós estivermos vendo os horizontes celestiais,
e o Senhor nos convidando a entrar em sua morada.
Sê forte e corajoso Deus é contigo
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